A Síndrome Metabólica é classificada como uma combinação de fatores de risco como a obesidade, dislipidemia aterogênica, hipertensão, intolerância à glicose e resistência à insulina, o que significativamente aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Tem sido proposto que componentes específicos dos laticínios, como o cálcio, outros minerais, caseína ou whey protein, possam ter efeitos benéficos nos fatores de risco metabólicos.

Alguns estudos mostram que as proteínas derivadas do soro do leite (whey protein) tem um efeito melhor no controle do apetite do que outras fontes proteicas como o ovo e a caseína. Além disso, evidências indicam que whey protein e seus compostos bioativos como a lactoalbumina, a enzima inibidora da conversão de angiotensina e os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) podem ter efeitos insulinotrópicos, hipotriaglicerolêmicos, poupador muscular e hipocolesterolêmico. No entanto, a maioria desses estudos tem sido conduzida em pessoas saudáveis ou animal com estudos limitados em pessoas sobrepesas ou obesas.

Estudos mais atuais apontam que os benefícios do whey protein no perfil lipídico seriam devido a sua capacidade da biogênese “de novo” hepática, a inibição da absorção do colesterol no intestino mediada pela beta-lactoglobulina, a inibição da expressão dos genes envolvidos na absorção e síntese dos ácidos graxos intestinais e do colesterol e/ou, o aumento da excreção de esteróides fecais.

Referências:

PAL, S. et al. Effects of whey protein isolate on body composition, lipids, insulin and glucose in overweight and obese individuals, British Journal of Nutrition, v.104, p.716-723, 2010.