Estudos sugerem que há uma associação entre o aleitamento materno e uma gama vasta de resultados positivos para a saúde nas crianças, incluindo um menor risco de infecções de ouvido agudas, infecções do trato respiratório, asma, obesidade, diabetes e leucemia. Além disso, a amamentação tem sido associada com um maior desenvolvimento cognitivo na infância. Também tem sido associada à desordem do déficit de atenção e hiperatividade (DAHA) e outros problemas comportamentais externalizantes e internalizantes.
No entanto, devido a esses resultados comportamentais estarem fortemente relacionados com o QI (coeficiente de inteligência) da criança, o qual é altamente associado com a amamentação, é incerto se a associação entre o aleitamento e o desenvolvimento comportamental da criança é mediado ou perturbado pela criança. Em contrates, é possível que o problema de desatenção da criança reduza os níveis de QI interferindo com a sua capacidade de aprendizado na escola.
Várias relações possíveis bidirecionais ou interativas podem ligar o aleitamento com a presença de DAHA e o QI da criança; Uma possibilidade é que a falta de amamentação diminuir a inteligência e um baixo QI na criança aumenta a sua propensão à DAHA. Outra possibilidade é que a falta de aleitamento aumenta a propensão a DAH e o problema de atenção da criança diminui o QI da mesma.
Referências:
PARK, S. et al. Protective effect of breastfeeding with regard to children’s behavioral and cognitive problems, Nutrition Journal, v.13, n.111, 2014.