A Síndrome Metabólica (SM) é definida como um conjunto de fatores de risco cardiovasculares que aumentam o risco de desenvolvimento de doença cardíaca coexistentes e diabetes tipo 2. A terapia de jejum modificado é definida como uma fora de dieta de muito baixa caloria, sendo um método eficaz para a SM e já utilizado como modificação de estilo de vida na Europa. No entanto, quando foi aplicada em chineses provocou uma fadiga persistente induzida e uma fome intensa.

Sabe-se que a mobilização lipídica é a principal adaptação metabólica ao jejum. Evidências sugerem que facilitar a oxidação dos ácidos graxos com a L-carnitina contribui para a produção energética. Todos os tecidos que usam os ácidos graxos como fontes energéticas precisam de carnitina para uma função normal durante a oxidação dos ácidos graxos. Além do seu papel na oxidação do ácido graxo, ela pode facilitar a disposição de glicose. No entanto, quando comparada aos medicamentos orais tradicionais, sua propriedade farmacocinética é complexa, já que apresenta uma absorção e disponibilidade pobres, uma alta excreção renal e, uma absorção pelos tecidos através de um transportador de alta afinidade.

Um estudo recente mostrou que 4g/dia de L-carnitina reduziu a percepção de fome e fadiga e otimizou a redução de massa corporal em pacientes com SM durante o jejum modificado. Também demonstrou que ela foi capaz de normalizar a pressão arterial sentada e aliviar o colesterol e as anormalidades de enzimas hepáticas induzidas pelo jejum. A sua administração é capaz de reduzir os corpos cetônicos no hepatócito sob jejum, o que, portanto, contribui para a melhora na síndrome de fadiga.

Referências:

SHANG, J-J. et al. L-carnitine ameliorated fasting-induced fatigue, hunger, and metabolic abnormalities in patients with metabolic syndrome: a randomized controlled study, Nutrition Journal, v.13, n.110, 2014.