Vitamina B6

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A vitamina B6 ou piridoxina é uma vitamina presente na maioria dos alimentos e age como uma coenzima de reações enzimáticas nos metabolismos de aminoácidos, gorduras, carboidratos, neurotransmissores e na produção de hemoglobina. Sua forma mais biodisponível é a piridoxal-5-fosfato (PLP). As perdas de vitamina B6 são altas no cozimento e no processamento (enlatados) de carnes e vegetais.

Estudos apontam os seus benefícios na prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, doença progressiva renal e desordens neurológicas. Essa última função é decorrente da necessidade da vitamina B6 para a biossíntese de vários neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e o GABA. Níveis baixos de B6 estão associados a um maior risco de depressão e epilepsia. Possui ainda atividade antioxidante.

Alguns pesquisadores acreditam que altas quantidades dessa vitamina podem diminuir o crescimento tumoral através da supressão da proliferação e da angiogênese da célula tumoral, entretanto mais estudos deve ser realizados. O sistema imune é dependente dela e sua deficiência pode levar a atrofia dos órgãos linfóides, redução expressiva da contagem de linfócitos, prejuízo na resposta de anticorpos e queda na produção de IL-2. Pílula anticoncepcional e gravidez depletam essa vitamina sendo necessária uma suplementação.

Assim como a B12 e a B9, a vitamina B6 está envolvida no metabolismo da homocisteína, que quando em níveis elevados, aumenta o risco de desenvolvimento de doençascardiovasculares, pois pode provocar lesões nos vasos sanguíneos e, de doença neurológicas.  Estudos apontam que níveis baixos de vitamina B6 pode estar associado com o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Acredita-se que a deficiência dessa vitamina seja capaz de afetar o metabolismo de gorduras, a

função endotelial, a trombogênese, a inflamação e o metabolismo da homocisteína. Estudos com animais demonstraram que dietas com diferentes quantidades de B6 suprimem de formasignificativa a incidência de tumores colônicos, bem como a proliferação celular. Pacientes com câncer de mama e com tumores apresentar alterações no metabolismo da B6.

O mecanismo do possível efeito anticarcinogênico da piridoxina inclui a modulação de hormônios esteróides, manutenção do metabolismo de carbonos, manutenção do sistema imune e redução do estresse oxidativo através da menor indução na produção de óxido nítrico. Além disso, acredita-se que a sua forma mais biodisponível iniba enzimas-chaves no processo de carcinogênese, como a RNA polimerase, a DNA polimerase e a glicogênio fosforilase.

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Na estética

É estimado que entre 60-70% das mulheres experimentem uma exacerbação de acnes logo após a menstruação. O uso de vitamina B6 (piridoxina) no tratamento dessa condição vendo sendo utilizado há mais de 25 anos. Um mecanismo fisiológico possível para esse fato é a influência da progesterona no aumento da acne. A forma biologicamente ativa da B6 pode modular e diminuir a resposta transcripcional de progesterona melhorando o quadro.

Quantidades inadequadas de B6 e ácido fólico (B9) são necessárias para diminuir os níveis de homocisteína, reduzindo a inflamação na pele e no sistema circulatório. Além disso essa deficiência não permite o uso da nicotinamida para regular os níveis de colesterol e prevenir os tipos de lesões cutâneas que provocam a rosácea. Outros estudos apontam que a sua deficiência está relacionada à dermatites em diversas partes do corpo, como face e couro cabeludo.

 

Na atividade física

A piridoxina ou B6 é uma vitamina hidrossolúvel que atua como co-fatora em mais de 100 reações enzimáticas no metabolismo de macronutrientes e neurotransmissores. É necessária para a formação da hemoglobina e da produção de energia através da clivagem do glicogênio hepático e muscular. Seu metabolismo é dependente de B2, B3 e zinco. Por participar ativamente da produção de energia é de suma importância para a prática de exercícios físicos.

A vitamina B6 age em sinergia com a leucina, presente em alimentos de origem animal, atenuando a adiposidade devido à inbição do influxo de cálcio, resultando em uma queda na expressão e na atividade em adipócitos da enzima ácido graxo sintase, necessária para a produção de gordura, e um maior estímulo da oxidação de gorduras para a produção de energia. Além disso, ela ajuda na diminuição de fatores pró-inflamatórios como a PCR e a TNF-alfa.

Workout

Referências:

COZZOLINO, S.M.F, Biodisponibilidade de nutrientes, 3 ed, Editora Manole, São Paulo, 2009.

HELLMANN, H. & MOONEY, S. Vitamin B6: A Molecule for HumanHealth?,Molecules, v.15, p.4424-459, 2010.

PASCHOAL, V. et al. Suplementação funcional magistral: dos nutrientes aos compostos bioativos, VP Editora, São Paulo, 2008.

PUJOL, A. N. Nutrição aplicada à estética, Editora Rubio, Rio de Janeiro, 2011.

WAY, B.V. et al. PatientAssessment in theTreatmentofPremenstrual Acne FlarewithVitamin B6 Therapy: A Two-YearRetrospectiveStudy, The Journalofthe American OsteopathicCollegeofDermatology, v.1., n.1, 2003.

ZEMEL, B.M. & BRUCKBAUER, A. Effectsof a leucineandpyridoxine-containingnutraceuticalonbodyweightandcomposition in obesesubjects, Diabetes, MetabolicSyndromeandObesity: TargetsandTherapy, v.6, p.309-315, 2013.

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