O envelhecimento está associado com muitas doenças comuns crônicas neurodegenerativas. Acredita-se que vários eventos celulares e moleculares estão envolvidos, incluindo elevações no estresse oxidativo, prejuízo na função mitocondrial, ativação da apoptose neuronal, deposição de proteínas agregantes e excitotoxicidade. Já que a neuropatologia de muitas doenças neurodegenerativas ser relacionada com o aumento no estresse oxidativo, historicamente, grandes esforços tem sido direcionados na exploração de estratégias antioxidantes para combater o dano neuronal.

De fato, há um crescente interesse nos efeitos neuroprotetores de um grupo de metabólitos secundários de plantas conhecidos como polifenóis, os quais são poderosos antioxidantes in vitro.  Muitos estudos dietéticos de intervenção em sujeitos humanos e animais, em particular aqueles usando alimentos e bebidas derivados da uva, chá verde, cacau e mirtilo, têm demonstrado efeitos benéficos na função humana vascular e na melhora da memória e do aprendizado. Outras frutas como morango e blackberry também são conhecidas por serem benéficas no retardo funcional, e na melhora de déficits cognitivos comportamentais.

Parece que os flavonóides são capazes de impactar a memória através de sua habilidade em exercer efeitos diretamente na arquitetura cerebral e na memória. Flavonóides e frutas ricas nestes modulam vias cruciais de sinalização neuronal em indução da plasticidade sináptica. Acredita-se ainda que eles tenham efeitos potenciais na função endotelial e no fluxo sanguíneo periférico.

Referências:

SPENCER, J.P. The impact of fruit flavonoids on memory and cognition, British Journal of Nutrition, v.104, 2010.